terça-feira, 10 de agosto de 2010

Tempo de Aparências

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Estava lendo um artigo que falava a respeito da autenticidade das coisas, da verdade ou mentira das informações e fatos que hoje vemos no (com o) mundo virtual. Se tal texto é, realmente, de fulano, se tal informação ali contida é, realmente, verídica. Muitos reclamam ou já reclamaram disso. Não é uma novidade do ser humano. Já duvidamos que a Terra era plana, que o sol girava em volta da Terra, mais recentemente de que o homem pisou na lua e por aí vai. com o advento da internet isso se tornou mais complexo e viável.

Cheguei a uma primeira conclus... Ver maisão que não devemos, tanto, nos preocupar mais com isso... e sim, nos divertimos com as coisas... não levarmos o mundo ou a existêncita tão a serio. Aliás, venho pensando nisso como uma nova possibilidade para inverterms uma coisa que, sim, me incomoda nos tempos modernos. Há uma forte inversão de valores que nos transforma mais em máquinas, do que em seres humanos, vivemos num tempo em que a aparência tomou lugar da essência. Em todos os sentidos, na micro ou na macro análise, iremos perceber esse fato. Iremos constatar que o que você aparente é mais importante com o que você é ou pode oferecer, que como você vende (se consegue vender ou quanto consegue vender) é mais importante do que O QUE ESTÁ vendendo... e por aí vai... talvez agora com esse universo virtual e suas informações jogadas e sem remetente e menos ainda emitente, não nos preocupemos mais com da onde veio ou de quem, mas sim com o conteúdo daquilo, o quanto aquilo pode contribuir. Não que não seja interessante e importante saber de quem é aquilo, etc e tal... (outra discussão aqui: direitos e autorias, mas....) mas talvez nos ajude a repensar a importância da qualidade, do "produto". A embalagem não deveria ser, para mim, mais importante que o conteúdo. Um trecho bem legal desse texto que li, de Marta Barcelos diz o seguinte "O entorpecimento nos deixou parecidos com o camponês alheio, que acreditava nas lendas e duvidava da ciência (com certa razão, diga-se de passagem). Ao contrário deles, porém, não tememos os deuses, nem a fúria da natureza, apenas estamos voltados demais para nós mesmos, não temos mais essa curiosidade toda em relação ao mundo real. O excesso de informação nos exauriu. Queremos apenas nos divertir.

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Para quem gosta de TEATRO

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Uma boa dica de site para quem gosta de teatro.
O Caderno Teatral é um site independente com blog de resenhas críticas de espetáculos.
Luciano Maza é dramaturgo e diretor teatral e adotou alguns critérios para divulgar os espetáculos que são assistidos e analisados por ele.

Segundo ele, é realizada uma escolha das melhores peças assistidas pelo editor e seus caloradores que assim escrevem suas impressões apenas sobre aquelas que consideram as mais interessantes e recomendáveis para os leitores. No entanto, o fato de determinada produção não estar presente não reflete diretamente sua qualidade pois a análise passa por critérios específicos da linha editorial e da opinião da equipe, e muitas vezes outros fatores como o período da temporada impossibilitam a publicação sobre a mesma.

http://www.cadernoteatral.com.br


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Plano Nacional de Banda Larga X Interesses Corporativos

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Para quem se interessa ou quer ficar mais informado sobre o caso da "Banda larga para todos"... (Eletronet, José Dirceu, Telebrás... etc... ) vai aqui um texto BEM esclarecedor do assunto. Escrito por Luis Nassif.

Eletronet: o lobby foi da Folha

Fecha-se o circuito de um dos grandes lobbies montados recentemente pela mídia.

Acompanhe:

1. A Folha, através do repórter Marcos Aith, traz a manchete bombástica de que um cliente de José Dirceu, Nelson dos Santos – sócio da massa falida da Eletronet – iria receber R$ 200 milhões do governo, caso saísse o Plano Nacional de Banda Larga, em cima da rede de fibras óticas da empresa – que o governo já tinha pegado de volta, sem nada pagar. Atribuiu a operação – que, segundo Aith, beneficiaria Nelson – ao lobby de José Dirceu.

2. No mesmo dia, aqui, se desmontou essa tese. Mostrou-se que, na verdade, governo e Nelson estavam em lados opostos. O governo retirando a rede da Eletronet, sem nada pagar; e Nelson querendo manter o controle da empresa.

3. A matéria era maliciosa e relacionava a caução que o governo teve que depositar no processo movido pelos credores (para poder ficar com a rede de fibras óticas) com os supostos benefícios ao Nelson. Ora, a ação era de credores querendo receber pelo que entregaram, não dos ex-acionistas. De que modo Nelson ganharia R$ 200 milhões? A matéria não explicava. E foi duramente cobrado do Aith, aqui, que mostrasse de que forma se daria o pagamento.

4. No dia seguinte, mudou totalmente o enfoque da matéria – mas sempre colocando a União como cúmplice do Nelson. Agora – na matéria do Aith – a Oi estava querendo adquirir as dívidas dos credores para poder assumir a rede da Eletronet. Do que se aproveitou Aith/Folha para relembrar o caso BrOi, Gamecorp, a assessoria do José Dirceu etc. A matéria foi abatida em pleno vôo por outra – esta, séria – do Estadão, informando que Nelson ganharia R$ 70 milhões, mas só na hipótese da Oi entrar. E a Oi não entrou justamente porque foi barrada pela Eletrobras, em função do PNBL. Ou seja, quem gorou a aventura do Nelson (que assumiu 51% da Eletronet por R$ 1,00) foi o PNBL – o oposto do que Aith/Folha falava. Nelson só ganharia se o plano gorasse.

5. Durante dois dias seguidos, Aith/Folha ficaram com a broxa na mão. Afinal, iriam deixar passar batido a barriga ou abririam as cartas sobre as fontes da informação.

Sem alternativa, na matéria de hoje Aith abre as cartas: a fonte da tal matéria era o próprio Nelson dos Santos.

O empresário diz que a autofalência da Eletronet não é culpa dos sócios privados. “O pedido de autofalência foi feito pela Lightpar [que representa o governo na empresa] e não pela AES [sócia majoritária na época]“, disse Santos à Folha antes da publicação da reportagem.

Aí, o leitor mais desavisado perguntaria: mas a troco de quê o próprio Nelson faria uma denúncia sobre uma operação (o PNBL) que, segundo a própria matéria, o beneficiaria? Mania de suicídio?

Qualquer repórter iniciante, mais que isso, qualquer pessoa medianamente inteligente e intelectualmente honesta se perguntaria porque uma fonte estaria lhe passando informações denunciando uma operação da qual supostamente ela seria beneficiária. Aith não é ingênuo, não é novato e não é despreparado. Mesmo assim, não perguntou.

Não há hipótese de Aith/Folha não saberem que as informações vindas de Nelson dos Santos se destinavam a melar o PNBL. E, sendo assim, seria impossível que o PNBL beneficiasse Nelson e a Eletronet. Então por que insistiram nesse falso escândalo? Aliás, pela própria declaração de Nelson – só agora revelada por Aith – se constata que o repórter já sabia das pendências entre governo e Eletronet antes de saírem as denúncias. Estava informado sobre o imbróglio jurídico e sobre a maneira como a lógica do PNBL contrariava os interesses de Nelson. E reportou justamente o contrário, fazendo o jogo da fonte.

A lógica final é simples.

1. Nelson só receberia R$ 70 milhões se não saísse o PNBL e ele pudesse negociar a Eletronet com as teles. Nesse caso, a candidata pagaria os credores (no lugar do governo pagar), a empresa sairia da falência e ele receberia R$ 70 milhões pela venda.

2. A única arma que ele tinha eram os recibos de pagamentos ao José Dirceu. A maneira que encontrou para torpedear o PNBL foi pegar os recibos do que pagou a José Dirceu, chamar o notório Aith e combinar uma matéria que diria que o pagamento foi para viabilizar o PNBL e beneficiar a ele, Nelson. Com essa jogada primária, pretendia inviablizar o PNBL e depois sair com a história de que o setor privado resolveu o problema, pagando as dívidas da Eletronet em lugar de gastar dinheiro público. E, aí, embolsaria algo entre R$ 70 milhões e R$ 200 milhões, pagos pela compradora.

A última matéria de Aith, em que a trama é deslindada, porque obrigado a abrir a fonte, é um fecho clássico para uma das grandes manobras de lobby contemporâneo.

Segundo a última matéria de Aith, o lançamento do PNBL inviabiliza a Eletronet. Mas poderá beneficiá-la, «caso o governo mude de ideia». Ora, quem pretendia fazer o governo “mudar de ideia”? O escândalo bancado pela Folha.

Agora, o governo sinaliza que não precisará mais da Eletronet, já que as fibras foram transferidas. Mas, segundo os advogados envolvidos no processo, no estatuto da Eletronet está definido que ela será a única gestora da rede por mais 11 anos. Caso o governo mude de ideia, os sócios privados terão de ser indenizados, incluindo Nelson dos Santos.

Mudar de ideia, significa manter a Eletronet como espinha dorsal – algo que o Nelson quer e o governo não quer:

Outro cenário é o de que a controvérsia pela posse das fibras seja resolvida e o governo mantenha a Eletronet como “espinha dorsal” do PNBL.

Nesse caso, a Eletronet, saneada, aumentaria sua receita e faria crescer a participação de Santos. Hoje ela não tem valor, mas, diz Santos, pode passar de R$ 200 milhões caso seja reativada com a Telebrás.

Ou seja, Nelson ganharia de R$ 70 milhões a R$ 200 milhões se o lobby da Folha fosse bem sucedido, as informações distorcidas melassem o PNBL e a Eletronet pudesse ou ser negociada com o setor privada ou ser aproveitada para o plano – a empresa inteira (como pretende o Nelson) e não apenas a rede de fibras óticas (como planeja o PNBL).

Há um agravante. Antes de sair essa matéria, o jornal soltou outro factóide contra a Telebras, acusando um twitteiro de ter vazado a informação – que já era de amplo conhecimento geral – de que o governo iria ressuscitar a Telebrás. É evidente que foi um preparativo para o lobby final de melar o modelo Telebrás, abrindo espaço para a manutenção da Eletronet.

E por que, afinal, Aith/Folha teriam bombardeado a Oi, se ela poderia ser uma futura compradora? Porque, segundo a matéria do Estadão, a venda para a Oi renderia R$ 70 milhões a Nelson. Mas havia outro comprador disposto a pagar os R$ 200 milhões. Aliás, finalmente se descobre de onde sairiam os R$ 200 milhões para o Nelson. Sairiam se o lobby tivesse dado certo e a Eletronet fosse reativada com a Telebras – o que só ocorreria se o PNBL fosse para o espaço.

Hoje ela não tem valor, mas, diz Santos, pode passar de R$ 200 milhões caso seja reativada com a Telebrás.

Em jogo, portanto, de R$ 70 a R$ 200 milhões.

Aliás, não há mais o menor motivo para que Dirceu não revele os termos do contrato firmado com Nelson. Alegou sigilo contratual. Agora, está provado que quem vazou as notas de pagamento a Dirceu foi o próprio Nelson. Então, o acordo de confidencialidade foi quebrado unilateralmente.

É um bom momento para Dirceu colocar a história das suas assessorias em prato limpo.

Para ler todo o texto e acessar o site do Nassif:
Blog do Nassif

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